O conceito de personalidade atrai muita atenção tanto da comunidade científica quanto do público em geral. No entanto, apesar de décadas de pesquisa e estudo, ainda não há uma definição consensual do que significa ou acarreta, pois o conceito de personalidade é tão amplo e vago que cada pesquisador tem sua própria maneira de descrevê-lo.1
No entanto, a teoria dos Cinco Grandes (Big Five) é a que reúne maior consenso dentro da comunidade científica, desde foi formulada na década de 80,2 e continua sendo a mais utilizada até hoje para explicar a estrutura da personalidade.3
A teoria divide 5 grandes traços de personalidade que se destinam a explicar o comportamento e a atitude do indivíduo em diferentes contextos. Os fatores identificados por este modelo de personalidade são: abertura à experiência (criativo/curioso vs. convencional/cauteloso), conscienciosidade (trabalhador/organizado vs. desinteressado/descuidado), extroversão (orientado para as pessoas/extrovertido vs. orientado para as tarefas/reservado), amabilidade (altruísta/compassivo vs. egocêntrico/crítico) e neuroticismo (ansioso/inseguro vs. relaxado/autoconfiante).4
O teste de personalidade que se segue tem por base o modelo Big Five e foi desenvolvido pela nossa pesquisadora principal, Dra. Rosa Isabel Rodrigues, como parte de sua tese de doutorado em Gestão com especialização em Recursos Humanos e Comportamento Organizacional.5
Este teste de personalidade online contém 23 questões no total. Para cada pergunta, indique com que frequência exibe o comportamento descrito, escolhendo uma das seguintes opções: Nunca, Muito raramente, Raramente, 50% do tempo, Ocasionalmente, Muito frequentemente, Sempre.
Você só pode selecionar uma opção por pergunta.
Não há respostas certas ou erradas. O tempo não é uma restrição. Pode demorar o que quiser analisando as questões. A precisão dos resultados depende de quão honesto você é em suas respostas.
Este teste foi desenvolvido com a intenção de ser uma ferramenta instrutiva e educacional. Não garantimos a precisão dos resultados, pois eles dependem da precisão e fidelidade da autoavaliação dos participantes do teste e da honestidade de suas respostas. Como tal, não devem ser usados como um indicador das capacidades do indivíduo para um fim específico, nem constituem uma avaliação psicológica ou psiquiátrica de qualquer tipo.
Não coletamos informações de identificação pessoal dos participantes, mas as respostas podem ser registradas e usadas para fins de pesquisa ou de outra forma distribuídas. Todas as respostas são registradas anonimamente.
Um teste de personalidade baseado no modelo Big Five é projetado para avaliar as pontuações de um indivíduo em cada uma das dimensões de personalidade. Esses testes normalmente assumem a forma de questionários, nos quais o participante é solicitado a avaliar o quanto concorda ou discorda de certas afirmações.
As declarações estão diretamente relacionadas a uma dimensão, embora o link nem sempre seja óbvio para o examinando. Uma pontuação diferente será atribuída dependendo da resposta - se for positiva ou negativa e o grau de concordância ou discordância - para garantir mais precisão na determinação de onde o examinando se enquadra no espectro.
O Big Five é atualmente um dos modelos de personalidade mais utilizados e aceites. Embora muitos cientistas reconheçam que ainda tem algumas falhas, é, no entanto, o teste de personalidade que melhor expressa as dimensões da personalidade e suas variações dentro de um espectro.
Ao contrário de outros testes de personalidade populares que reúnem menos consenso científico, de acordo com a teoria dos Cinco Grandes, uma pessoa não pode ser avaliada em termos dicotômicos. A personalidade de um indivíduo é formada por diferentes graus dentro das dimensões e são esses valores que tornam cada pessoa única.
O modelo Big Five também provou ser facilmente ajustável a diferentes culturas e contextos (clínica, curiosidade pessoal, etc.), mantendo uma descrição consistente, replicável e objetiva das cinco dimensões da personalidade.6
O Big Five identifica 5 dimensões de personalidade às quais certos traços de personalidade estão associados, dependendo da pontuação do indivíduo em cada uma delas.
Abertura à experiência: uma pontuação alta indica alguém criativo e curioso, enquanto uma baixa expressa uma preferência por uma abordagem mais cautelosa e conservadora na resolução de problemas.
Extroversão: como o nome sugere, uma pontuação alta nesta dimensão reflete uma pessoa extrovertida, enérgica, comunicadora. Pelo contrário, uma pontuação baixa está ligada à introversão e indica alguém que provavelmente terá menos relacionamentos, mas mais intensos, que gosta de solidão e é orientado para objetivos em vez de orientado para as pessoas.
Conscienciosidade: uma pontuação alta denota alguém que é trabalhador e muito meticuloso e organizado em tudo o que faz. Valores mais baixos indicam alguém que prefere uma abordagem mais flexível e espontânea, e que tende a ter melhor desempenho em situações de crise ou emergência.
Amabilidade: esta dimensão está relacionada com a forma como uma pessoa interage com os outros. Alta amabilidade indica alguém que é pró-social, altruísta e compassivo, enquanto baixa amabilidade reflete uma pessoa mais egocêntrica e competitiva.
Neuroticismo: uma pessoa com altos valores de neuroticismo tende a ser muito insegura, mais propensa a sentimentos negativos e a ter baixa autoestima. Valores baixos nesta dimensão indicam alguém confiante, otimista e emocionalmente estável.
Referências:
1 Kernberg, O. (2016). What is Personality? Journal of Personality Disorders, 30(2), 145-156. doi: 10.1521/pedi.2106.30.2.145
2 Gomes, C., & Golino, H. (2012). Relações Hierárquicas entre os Traços Amplos do Big Five. Psicologia: Reflexão e Crítica, 25(3), 445-456; John, O., Naumann, L., & Soto, C. (2008). Paradigm shift to the integrative Big-Five trait taxonomy: history, measurement, and conceptual issues. In O. John, R. Robins, & L. Pervin (Eds.), Handbook of personality: theory and research (pp. 114-158). New York, NY: Guilford Press.
3 Costa, P., & McCrae, R. (1992). Normal personality assessment in clinical practice: the NEO Personality Inventory. Psychological Assessment, 4(1), 5-13. doi: 10.1037/1040- 3590.4.1.5
4 Beus, J., Dhanani, L., & McCord, M. (2014). A meta-analysis of personality and workplace safety: addressing unanswered questions. The Journal of Applied Psychology, 100(2), 481-498. doi:10.1037/a0037916
5 Rodrigues, Rosa Isabel da Costa Vicente (2017), Talent searcher: construção e validação de uma bateria integrada para a seleção de pessoas. Lisbon: ISCTE-IUL. Ph.D. final thesis. Available at: http://hdl.handle.net/10071/15349
6 Notfle, E., & Fleeson, W. (2010). Age differences in big five behavior averages and variabilities across the adult life span: moving beyond retrospective, global summary accounts of personality. Psychology and Aging, 25(1), 95-107.; Costa, P., & McCrae, R. (1992). Normal personality assessment in clinical practice: the NEO Personality Inventory. Psychological Assessment, 4(1), 5-13. doi: 10.1037/1040- 3590.4.1.5